Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

MEMÓRIA

Fui a Santa Isabel do Rio Negro (Amazonas) para retribuir a viagem que um grupos de alunos fizeram a Cotia em parceria com a Faculdade FAAC. Nesta foto estamos subindo o Rio Negro de Voadeira para visitar uma comunidade indígena. conhecer um projeto na área da educação desenvolvido pela então primeira Dama Ruth Cardoso.  





segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O DIA QUE CONHECI MINHA FAMÍLIA BIOLÓGICA

(ADOÇÃO: QUANDO É A HORA CERTA DE CONTAR?)

UM ASSUNTO DOLORIDO PARA MEU PAI

Quem adota uma criança imagino que fica pensando quando é a hora certa de contar sobre a adoção. Um grande dilema! Como os pais vão saber que chegou a hora de revelar? Muitas vezes a notícia da adoção chega até a criança pela boca de um parente ou de um amigo da família, pode ser revelado por certo grau de maldade ou inocência.Cada caso tem sua história. No meu caso, meus pais estavam divididos em contar ou não contar: minha mãe (não me lembro de ela ter contado) contou quando tinha seis anos. Meu pai nunca quis conversar comigo sobre o assunto, para ele eu era o seu filho e fim de papo. Esse comportamento mudou um pouco, quase no final da sua vida,falou comigo poucas vezes sobre o assunto,toda vez que tocava no assunto da minha adoção os seus olhos se enchiam de lágrimas. Com o tempo, desisti de perguntar sobre a adoção, penso que era dolorido para ele.

UM DIA ALGUÉM TINHA QUE CONTAR

Um vizinho, certa vez, me perguntou se eu sabia que era filho adotivo. Antes que eu respondesse,ele disse que eu não era filho dos meus pais. Eu respondi que era sim e ia perguntar para meu pai se era verdade o que ele estava dizendo. Quando meu pai chegou, fui correndo dizer o que aquele homem tinha tido. Meu pai ficou furioso, me pegou pelo braço, me colocou em um jipe antigo e foi até a porta da casa do homem, fez com que ele desmentisse o que tinha dito. O homem disse, nervoso, que não tinha dito nada daquilo e que eu tinha entendido errado. Depois daquele escândalo, nunca mais eu disse nada sobre quem me falava sobre o assunto. Muito tempo depois descobri que aquele homem era um desafeto do meu pai.

VOCÊ NÃO TEM O SANGUE DA FAMÍLIA

Uma coisa chata de escrever,mas preciso escrever, não com a intenção de causar nenhum tipo de constrangimento, mas que este texto sirva para alguma coisa.Muitas vezes, quando arrumava uma confusão com um parente, rapidamente dizia que eu não era da família. Sem mágoa, adoro minha família. Talvez a recordação mais forte que tive foi com minha tia Antônia, de Araraquara, interior de São Paulo, uma mulher simples e de uma sabedoria singular,contou-me uma história de uma mãe que não pôde ficar com seu filho. Com a voz mansa, foi ilustrando com fantasia e cenas reais do acontecido. Com apenas um sussurro, disse que aquela era um pedaço da minha história. Senti um alívio!

ANGÚSTIA DE NÃO SABER SUA ORIGEM: PARECE QUE ESTÁ FALTANDO UM PEDAÇO NA ALMA

Durante muito tempo me angustiei coma ideia de conhecer meus pais biológicos. A ideia de não conhecê-los me dilacerava a alma. Quem eram meus pais? Fantasiava como eles poderiam ser fisicamente. Muitas vezes associava a imagem deles às pessoas adultas com as quais eu convivia. Sem fazer um 
dramalhão, essa sensação de não conhecê-los era extremamente angustiante. Até o dia que tive a oportunidade de conhecê-los através de um sonho. Depois desse sonho comecei a entender melhor a importância dos meus pais de coração.Sonho: estava em uma represa e caminhava dentro da água como se estivesse andando em terra firme. Andava com tranquilidade e os galhos e ramos não atrapalhavam minha trajetória e enxergava sem nenhuma dificuldade,como se estivesse buscando alguma coisa... Uma voz delicadamente me disse no ouvido, olha pra cima, olhei e vi um casal com três filhos. A voz suavemente me disse: esta é sua família biológica. 

O TEMPO CERTO


Aos pais de coração,a hora certa é aquela que tem o tempo certo. Descubra.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O BURACO



 

                                                                                                                                                                 O Bicho

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira

Dirigindo o carro de repente você fica cego. Aos poucos milhares de pessoas na mesma situação de cegueira, epidemia, uma saída rápida e cômoda para as autoridades é segregar. Indistintamente, médicos, motoristas, enfermeiras, donas de casa, infratores são colocados em fábricas abandonadas sob rígida disciplina de controle para que fiquem presos para não espalhar a cegueira branca. Doença desconhecida pelos estudiosos e autoridades estabelecidas. Com o convívio diário sob pressão, independente da classe social, cada um ali vai mostrando o que tem de mais vil e de mais nobre.

A briga pela comida, as fezes que não são recolhidas e o ar pesa no lugar onde estão segregados. Seres humanos que viram bichos como (descritos) no poema de Manuel Bandeira. Matam como forma de saída para suas aflições. Essas descrições de homens e mulheres vivendo como bichos não são cenas de ficção. É a realidade de muitas cidades do Brasil onde o crack tomou conta. Aqui, em Cotia, não é diferente. Outro dia passando debaixo de um pontilhão que corta a Raposo Tavares, as cenas vistas não ficam devendo em nada aos melhores livros ou filmes de ficção.Gente de toda idade andando em direção o um buraco aberto na parede que protege a ponte de possível invasão. Se ali ficasse aberto viraria lugar de moradia. Esses seres, parecidos zumbis, iam à busca do quê?

Quando entrei nesse espaço que fica debaixo da ponte,ao lado do hipermercado Atacadão, e no sentido São Paulo, fica o Mercado Municipal,eu me vi nas cenas descritas pelo escritor José Saramago no seu livro Ensaio Sobre a Cegueira. Gente vivendo ali diariamente e outros de passagem no meio da bosta, ratos e outras porcarias. Alguns agressivos, menores de idade, velhos e jovens e prostituição ali debaixo do nosso nariz. Talvez possam achar que não são problemas nossos, enquanto um dos nossos não for envolvido. O que estou escrevendo e relatando não é sobre a cracolândia no centro de São Paulo, com a intervenção desastrosa do Estado, agora se espalharampela cidade os recantos de consumo de usuário de crack. A cacrolândia é aqui, bem debaixo do pontilhão da famosa Rodovia Raposo Tavares que vai de São Paulo ao Paraná.

Apenas um lembrete: essa situação social não é caso de polícia!

sábado, 14 de setembro de 2013

BAR E RESTAURANTE SÃO LUIZ


O Bar e Restaurante São Luiz esteve aberto de 1937 a 1969, na Rua Senador Feijó, Nº5 restaurante pertencia a Felício Savioli, e sua esposa Maria Francisca Bruno, devotos de São Luiz. Segundo relata Nice Savioli, o local era ponto de encontro de vários segmentos sociais da cidade. O bar deu lugar a Papelaria Savioli, em 1970, e o salão, ainda hoje, guarda no lado esquerdo um oratório com a imagem de São Luiz. Com o falecimento de Felício, em 1955, os filhos assumiram definitivamente a administração do bar.

 
   Nice, esposa de Roque Savioli, lembra que todos trabalhavam muito na época do restaurante. O Bar e Restaurante São Luiz servia comida para viajantes que vinham do Rio Grande do Sul, de Sorocaba e de outras cidades vizinhas. Rose Savioli, filha de Roque Savioli, lembra com saudade da Semana Santa, quando era servida uma farta bacalhoada. Relata Rose: “A bacalhoada era feita numa panela grande e, após a missa, muita gente ia comer sanduíche feito de bacalhau”. Nas Sextas-feiras Santas eram feitos entre 900 e 1000 pastéis de palmito. Nessa época, aparecia gente de quase toda a região: Vargem Grande Paulista, Itapevi, Caucaia do Alto, Morro Grande e outras cidades. Roque Giannetti era outro freqüentador assíduo do bar. Tinha seu ponto comercial bem em frente e ia tomar seu golinho de café todos os dias. Segundo dona Dice, depois da missa de domingo, era costume das pessoas ir ao bar tomar café e comer pãozinho com manteiga (o melhor da região).

   O Bar e Restaurante São Luiz fazia frente para as ruas Senador Feijó e Beco do Felício, hoje travessa Felício Savioli. Era o ponto de encontro preferido dos políticos. Antes do início da sessão da Câmara Municipal, os vereadores juntavam-se ali para discutir política e tomar o saboroso café. No bar, também aconteciam histórias pitorescas, e uma delas tem Roque Savioli como protagonista: ele mandou confeccionar alguns santinhos anunciando a missa de sétimo dia do vereador Dito Lopes, enquanto este gozava de perfeita saúde e muita vida. Imaginem o bafafá que deu! Alguns dos vereadores eram amigos do dono do bar. Alguns prefeitos também freqüentavam o local, como por exemplo, Carmelino, Emílio Guerra, Ivo e outros. Até Laudo Natel e Jóia Junior marcaram ponto no bar do Savioli.

   O que parece, de fato, é que o espaço do bar era um lugar onde se estabeleciam relações sociais. Segundo o Sr. Feíz, comerciante da cidade, lá foi instalada a primeira televisão do município, em 1951. Moradores de diferentes lugares da cidade reuniam-se no bar para assistir a programação. Ali se assistia a filmes do Mazzaropi e outras atrações televisivas da época. Rose Savioli lembra que muitas vezes não cabiam todos os telespectadores dentro do salão e muitos moradores da vizinhança, que vinham para a cidade de caminhão, assistiam aos programas de cima da carroceria. Alguns relatos mostram que muitos moradores vibraram com o vídeo-teipe da Copa do Mundo de 1966. É importante ressaltar que as pessoas, antes de assistir aos jogos da televisão, tinham o hábito de ouvi-lo pelo rádio. O senhor Feíz lembra de cenas engraçadas entre o Roque e o Yolando Savioli: ambos ficavam tentando arrumar o vertical e o horizontal da televisão (naquela época era assim!) e encontravam muita dificuldade para colocar a imagem em ordem. O Bar e Restaurante São Luiz, de fato, marcou época.

 

 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

DOM CAMILO E SEUS CABELUDOS: 300 ANOS DA IGREJA NOSSA SENHORA DE MONT SERRAT.


 
No início dá década de 70 à cidade de Cotia ficou conhecida em quase todos e rincões deste meu Brasil, por algo estranho que aconteceu no quintal de um morador.  Dê um dia pra outro, milhares de aventureiros tomaram conta da cidade em busca da grande descoberta. A cidade com pouco mais de trinta mil habitantes não tinha infra- estrutura para receber  tanta gente, os hotéis e pensões lotadas restaram aos novos descobridores acamparem nas praças e ruas. Segundo o relato de alguns moradores, as suas casas foram transformadas em restaurantes,  ganharam muito dinheiro com este crescimento inusitado. Mas o progresso trouxe problemas que antes não existam, roubos de casas, antes as portas e janelas que ficavam abertas, tiveram que se fechadas. Coisas do progresso. Toda está efervescência foi motivada por um único morador: que encontrou petróleo no fundo da sua casa. Petróleo! Quase na mesma época, outro acontecimento mexeu com o brio dos moradores antigos e tradicionais da cidade, houve à invasão de motoqueiros e cabeludos com costumes estranhos a cidade.  Alvoroço total!

As duas estórias acima foram apresentadas na série semanal  da extinta TV tupi,  Dom Camilo e Seus Cabeludos, tendo  como o pároco representado, pelo italianismo Otelo Zeloni. O cenário principal deste seriado era a Igreja Nossa Senhora de Monte Serrat, que neste ano completa 300 anos. Todo o roteiro do seriado se dava a partir da Igreja. Apesar das estórias de  ficção, elas expressam a importância da Igreja na formação do segundo núcleo de moradores da  cidade e influência  na vida social, política e cultural dos seus moradores. Ou Seja,  tudo em Cotia acontecia em torno dá igreja. . Como vamos ver na carta escrita pela professora Ecléia Bosi.

A Professa Ecléia Bosi, com toda delicadeza que lhe cabe, expressa este sentimento de importância da igreja de Cotia na vida social dá cidade, em uma carta enviada para  apresentação do livro Memória & imagem:

 “Meu avô, Amadeu Strambi, cultivava uva em São Roque; ali, no alto da serra, passei belos anos de minha juventude. Nas suas noites frias me aqueci no grande fogão de lenha no pátio da Matriz, onde se preparavam os pastéis, o quentão, das festas e quermesses. Ao seu redor se apinhavam as crianças, e as velhinhas, embrulhadas nos xales, olhavam as chamas e recordavam os bons tempos. Aquele fogão de lenha era o coração generoso da cidade que pulsava. Mão impiedosa o derrubou. O pátio da comunidade hoje é estacionamento.

   Adeus fogão de lenha... adeus velhinhas tiritantes, adeus memória”

 

O depoimento de Dona Antonia Luisa de Moraes, conhecida como D. juju, quando a entrevistei tinha 81 anos. Em detalhes conta está relação quase umbilical da comunidade com  a Igreja Nossa Senhora de Monte Serrat:

“Dona Juju, com 81 anos durante a entrevista, lembra de uma crença que era singular nas procissões em Cotia: a charola de São Benedito não podia sair nem no meio nem no fim da procissão, tinha que ser o “abre alas”. Se o santo não saísse na frente, com certeza choveria. Outro relato interessante dela é sobre a ornamentação do andor. Ao prepará-lo, ela conta que gostava muito de usar flores naturais e ressalta que as roupas de quem carregava o andor tinham de ser da mesma cor dos arranjos das flores. “O Ditão, que era quem organizava a procissão, era profundamente perfeccionista” – disse ela”.

O relato da Dona Oscarlina Pedroso Victor, mostra como está relação era forte e como a cidade andava em torno da igreja. As procissões, os casamentos, registros de nascimento, obtidos, sepultamentos, acontecia ali naquele espaço sagrado.

 

“A procissão mobilizava muita gente. O percurso iniciava-se na Rua Senador Feijó, entrando na Rua Joaquim Horácio Pedroso, passando pelas ruas Lopes de Camargo e Dez de Janeiro, até a Praça Padre Seixas; entrava novamente na Rua Senador Feijó e terminava na frente da igreja. Segundo Oscarlina Pedroso Victor, cada irmandade representa um segmento da comunidade. A Irmandade Cruzada Eucarística era representada por crianças que usavam uma fita amarela, que identificava seu grau de religiosidade. A Pia União das Filhas da Maria representava as moças, que ficavam nessa irmandade dos 15 anos até o casamento. A fita usada era de cor verde. A Irmandade de São José era composta por homens e mulheres. A de São Benedito e do Santíssimo Sacramento eram compostas apenas por homens. Os irmãos de São Benedito usavam uma indumentária branca com capa preta, chamada opa, e os irmãos do Santíssimo usavam outra, vermelha. Na Irmandade Nossa Senhora das Dores a fita era roxa. No Coração de Jesus era vermelha e na Congregação Mariana, era azul. Esta ultima era composta por moços e seus dirigentes tinham estrelas de metal em suas fitas. Outro detalhe interessante: as roupas dos carregadores de andor eram todas iguais e da mesma cor.”

 

Poderia relatar aqui outras relações intrínsecas com a religiosidade e a matriz de Cotia, deixo estes relatos, alguns engraçados para outro momento. Além dos relatos orais e memoriais friso a importância da pesquisa realizada pelo Padre Daniel Balzan, usam como referencia para trazer luz à vida da igreja, os livros de tombos, batizados, casamentos e Obtidos dá paróquia, algo nunca feito antes. São temas abortados que vão da construção da capela a igreja, sepultamentos, corrupção, poder, divisa territorial que usa como referência as capelas, enfim uma pesquisa, elucidatório sobre a igreja de Nossa do Monte de serras.   O pesquisador divide sua pesquisa em duas partes sobre a matriz.  É bom lembrar que onde está à igreja da Matriz, foi o segundo núcleo de moradores. O local da capela primitiva, tudo indica que ficava na estrada do Golfe são Fernando.

 

  A Primitiva Capela – O documento mais antigo que fala da primitiva capela de N. Sra. de Monte Serrat data de 1684. Trata-se de uma folha avulsa que deveria pertencer ao 1º livro de Tombo de Cotia, assinada pelo bispo do Rio de Janeiro Dom José de Barros Alarcão que visitou a freguesia de Cotia em 1684 (1). Naquela época a paróquia pertencia à diocese do Rio de Janeiro que se estendia até o sul do Brasil.”

      

 Em conversas com Padre Daniel sobre as pesquisas e com seu espírito investigativo, achava que antes da nova construção, funcionou do lado esquerdo da igreja, uma capela que foi acoplada a estrutura maior da construção. Para que os fieis, enquanto não construía a nossa igreja, assistissem as missas. 

 

A Matriz Atual – A Matriz de Cotia, também dedicada a N. Sra. de Monte Serrat, foi inaugurada no dia 9 de Setembro de 1713. De acordo com a ata da posse assinada pelo Pe. Mateus de Laya Leão todos os pertences da primitiva capela foram levados para Itú, menos a imagem da padroeira que foi trazida para a Matriz atual no dia da inauguração (2). A Matriz foi construída pela ajuda de alguns protetores entre os quais se figurava o Coronel Estevão  Lopes de Camargo que cedeu uma parte de seu sítio para a construção da nova capela (3)”.

 

Ao passamos pela igreja de Cotia, até podemos ser indiferentes, mas ali está o fio da miada da origem da cidade. Está arquitetura tem vida. As suas paredes e objetos ali podem dizer muito sobre nós, por isto não pode ser descartada. No Brasil é comum destruir monumentos Históricos, e o tempo não foi diferente com a Igreja Nossa Senhora de Monte Serrat, mas ainda existe tempo para salvá-la.     

 

 

Fontes:

Pesquisa em torno de um monumento

Instituto do Patrimônio Histórico e artístico Nacional.

O Livro Memória & Imagem

Autor: Marcos Roberto Bueno Martinez

Capelas da Freguesia de Cotia.

Autor: Padre Daniel Balzan

Pesquisa.

O livro 

Memória & Imagem pode ser encontrado no site: WWW.cotiamemoriaeimagem.blogspot.com

Os textos escritos pelo Padre Balzan podem ser encontrados no blog: WWW.cotiamemoriaeeducacao.blogspot.com