Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

domingo, 7 de dezembro de 2014

É NATAL... É FESTA DE FINAL DE ANO..


Sabe aquele suspiro que vem lá do fundo da alma (profundamente da alma!)? É assim que,normalmente, nos comportamos quando chegao final de ano.É como se fosse um alívio por termos passado pelos 365 dias do ano intactos, livresdas adversidades que nos rodeiam.Ufa! Sãos e salvos...

Agora, é hora de reflexão.

Há muito que festejar. Festejar as conquistas. Festejar o novo amor. Festejar o emprego que você tanto esperou. Festejar... Motivos para festejar existem muitos. Nem o maior pessimista pode dizer que não existe nada para festejar nesta vida. Sempre tem alguma coisa para ser festejado. Sempre! Não é sempre a mesma coisa como dizem alguns! E só olhar com delicadeza cada dia deste ano que encontrará alguma coisa para ser festejada. É só lembrar!

Agora, é hora de deixar as mágoas de lado.

Coma sem preocupar com os quilinhos a mais. Depois você “manera”. Abrace seu pai, carinhosamente. Abrace sua mãe e a proteja como sempre ela o protegeu. Se eles não estão aqui mais, abrace com saudade as boas lembranças que passaram juntos.

Abrace seus amigos e diga-lhes uma palavra de conforto com a qual eles possam levar e lembrarem-se durante o ano novo que chega (pode ser mais de uma palavra, uma frase). Diga bem baixinho se não tem coragem de dizer bem alto. Diga... Diga alguma coisa. A minha palavra eu escrevo: sucesso, coragem e sabedoria, meu amigo, ou amiga. Pode dizer sem medo e demonstrar seus sentimentos, nestes dias de final de ano sempre estamos esperando algo que nos motive.

Agora, é hora de abraçar e olhar nos olhos.

Aqui, neste breve texto, não tem espaço para desgraças e tinta para as tragédias. Elas aconteceram e estão presentes na nossa memória. Sabemos disso! De forma direta e indireta fomos atingidos. Passou! O otimismo é nossa arma. Recarreguemos as baterias. Logo depois do dia primeiro tudo vai começar de novo... O que vivemos de verdade diariamente é de sonhos e projetos para uma vida melhor.

Agora, é o momento para celebrar...


BOAS FESTAS

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

ZÉ GALINHA


Zé Galinha é aquele tipo que toda cidade tem (caso não tenha, precisa ser inventado!). Sempre arrumando um apelido pra alguém. Sempre alegre! Prestativo! Um grande tirador de saro!Odiado e amado.Não tinha ninguém no lugarejo que não tinha um apelido que não tivesse sido dado pelo Oriovaldo (Zé Galinha).

Quando chegava alguém novo na cidade e descia pela Rua da Matriz, Oriovaldo se dedicava atenciosamente a prestar atenção nos trejeitos da pessoa e já nascia ali um apelido. Parece que ele tinha vindo ao mundo para apelidar os outros. Os apelidos caíam como uma luva nos seus receptores.

Com toda alegria e sua criatividade em apelidar os outros, muita gente não gostava! Muito menos dos apelidos. Além de brincalhão, Oriovaldo era especialista em fazer galinhada com galinha alheia (às vezes frango ou galo, conforme a circunstância). É nessa sua especialidade que entra o galo Edivaldo e o ódio mortal da família Magalhães pelo cozinheiro.

Uma tragédia anunciada. Enquanto Oriovaldo era alegria contagiante,o seu irmão, Totó do Abraão, tinha uma vida dedicada ao misticismo. Não acreditava em nada que não pudesse ser confirmado pelos seus olhos. São Tomé!
Andarilho,Totó falava mal ao vento pelas ruas coloniais da cidade e criticava sem piedade as instituições religiosas e o Deus que elas apregoavam. Não escapavam espíritas, católicos e nem os agnósticos (ateístas). Totó tinha criado seu próprio mundo e inventando deuses e outras loucuras. Assim achavam os evangélicos! Que diziam que ele estava possuído pelo demônio.

Depois a gente volta a falar de Totó.

Zé Galinha, na véspera do Ano Novo, organizou uma galinhada e convidou os amigos do coração. Galinhada nesse dia do ano trazia promessa de boa sorte. Só que as galinhas deveriam ser surripiadas na vizinha.
A noite de ano prometia e muitos moradores ficavam de antena em pé e ligados,prestando atenção no movimento do quintal. Oriovaldo com sua turma aos poucos vinha trazendo as prendas conseguidas. E no meio de centenas de prendas veio o galo Edivaldo (galo adivinhador).
Guerra!

Além do galo de estimação ir para a panela, atrevimento maior foi chamar a família dos Magalhães para participar do banquete. “Este Zé Galinha é um desaforado!”. Gritava aos berros o mais birrento dos Magalhães.” Desaforado!”. Imagine a cena...