Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

domingo, 30 de outubro de 2011

OS ÚLTIMOS SOLDADOS DA GUERRA FRIA

Cada livro escrito pelo jornalista Fernando de Moraes é sempre uma boa surpresa, com muita emoção. Muito longe da caricatura conhecida do espião americano ou inglês, neste novo livro o pesquisador nos apresenta espiões cubanos, e estes, por sua vez, estão distantes do glamour dos agentes de países capitalistas, que gastam milhões para vencerem seus inimigos. Os cubanos, alguns refugiados em Miami e outros em diversas cidades americanas, vão ralar muito trabalhando em serviços que são destinados aos imigrantes, não importando a sua formação no país de origem.  Tio Sam está lá para recebê-los de braços abertos.
Os James Bond’s cubanos serão infiltrados em organizações anticastristas, que se estruturaram na América para minar a já combalida sociedade cubana com ações terroristas, com a intenção de  espantar os turistas estrangeiros que visitam a ilha, principalmente depois do final da guerra fria. Assim, estas organizações humanitárias acreditavam que estavam enfraquecendo ainda mais o governo de Castro e que voltariam para estabelecer um novo governo em Cuba. O velho ditador deu muitos passos à frente destas organizações de ultradireita. A partir da década de noventa o Projeto Vespa vai enviar os melhores homens do exército cubano para minar estas organizações anticastristas, que serão monitoradas e vigiadas, e muitas de suas ações contra Cuba serão frustradas.
Os Últimos Soldados da Guerra Fria, um livro documentado e rico em detalhes desta façanha dos agentes cubanos dentro do quintal americano, vale a pena ser lido. No final fica a dúvida sobre o que é real ou ficção nesta história, mas é uma leitura saborosa.
Professor Marcos Roberto Bueno Martinez

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CONSTRUINDO O FUTURO

ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ MANOEL DE OLIVEIRA

(CAPELINHA)






A comunidade da Capelinha solicitava a construção de uma nova escola há mais de vinte anos. A antiga já tinha mais de trinta, era de madeira e estava caindo aos pedaços, com perigo de desmoronar em cima dos seus usuários. Fomos chamados para uma reunião com os moradores do bairro e muitos não compareceram, pois não acreditavam que seu pedido fosse atendido. O descrédito em relação ao poder público era muito grande e com razão: no terreno da antiga escola tinha sido começada uma construção, que foi abandonada com as paredes erguidas pela metade, e no terreno em que foi construída a nova escola havia uma outra estrutura, também começada e abandonada. Mesmo com gente dizendo que a escola sairia no “dia de são nunca”, ela foi inaugurada no dia 15 de março de 2008.

Cada escola que construímos neste tempo de Secretaria de Educação tem sua história, sua marca. A escola do bairro da Capelinha, em Caucaia do  Alto, foi erguida tendo em vista o bem estar dos funcionários, professores e alunos. A secretaria, a cozinha e a direção têm percepção de tudo o que acontece no ambiente escolar, pois os alunos passam em frente a esses espaços para saírem das salas de aula e da escola. Além desta preocupação filosófica construímos uma biblioteca e um laboratório de informática. No terreno onde havia o prédio começado e não terminado fizemos uma quadra. 
 
O nome da escola é uma homenagem ao Sr. José Manoel de Oliveira, que foi um homem simples, mas autodidata, que ainda antes da construção da primeira escola já ensinava as primeiras letras às crianças da localidade.

Professor Marcos Roberto Bueno Martinez

sexta-feira, 14 de outubro de 2011



DIA DOS PROFESSORES

 

 
Irene Lemos Leite Silva, professora primária, lecionou na Escola Moinho Velho, em Cotia. Esta escola era frequentada, na sua maioria, por alunos de origem japonesa. Ela foi professora do menino Kenji Kira, que depois se tornou prefeito da cidade.

Minha avó, D. Tereza Rivera da Silva, foi uma professora autodidata, que ensinou as primeiras letras às suas irmãs e aos trabalhadores das fazendas no interior de São Paulo. Depois de exercer a profissão durante muito tempo como leiga, foi para o banco escolar. Formou-se em 1974 e continuou ensinando.

Com estas experiências de vida, fica aqui uma singela homenagem aos professores destes Brasis.



Professor Marcos Roberto Bueno Martinez

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CONSTRUINDO O FUTURO

INTRODUÇÃO

Durante o tempo que fiquei à frente da Secretaria de Educação de Cotia, construímos mais de trinta escolas. Agora pretendo, com pequenos artigos, mostrar a História de cada uma delas. Assim registraremos como foram erguidas, as preocupações que tivemos, e ao mesmo tempo realizaremos um mapeamento dos bairros de Cotia e suas necessidades. O leitor que desconhece a cidade devido à sua extensão geográfica terá a oportunidade de conhecê-la melhor. O sucesso do trabalho que realizamos durante oito anos divido com a equipe de educadores e funcionários da Secretaria de Educação e com cada escola que desenvolveu projetos e sonhos para que avançássemos rumo a uma educação de qualidade.


ESCOLA MUNICIPAL IVO MÁRIO ISAAC PIRES 


 


Recebemos o “esqueleto” desta escola, que estava abandonada e entrando em processo de deterioração, em  Caucaia do Alto. Retomamos a construção com alguns cuidados em relação à estrutura de dois andares. Havia apenas uma escada central que não era suficiente para permitir o acesso de todos. Assim, construímos uma rampa lateral. Construímos também uma quadra e montamos um laboratório de computação com 16 máquinas com acesso à Internet. Com a escola funcionando, providenciamos o ônibus escolar (TEC) para atender aos alunos que moravam distantes. A escola de Ensino Fundamental foi inaugurada no dia 18 de outubro de 2005.


Professor Marcos Roberto Bueno Martinez

terça-feira, 11 de outubro de 2011

ICARO AMADEU BUENO MARTINEZ

Há  vinte e seis anos você chegou... 
Lembro-me sempre de quando o peguei nos braços e senti que ali tinha iniciado uma outra fase em minha vida. 
Parabéns filho! 



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

SER CRIANÇA!



Que tal brincar de usar a imaginação no Dia da Criança? Que tal usar a memória para lembrar das coisas de quando éramos crianças? Lembro-me que não dormia enquanto meus pais  não me diziam “Deus te abençoe”:
― A “bença” pai! A “bença” pai!
― Deus te abençoe, meu filho.
Depois de ouvir a “bença” o sono chegava e a noite era mais tranquila. Agora adulto, parece que aquela bênção era bobagem, mas ela era muito importante...
Mais de uma vez mobilizei a cidade onde morava pelo meu desaparecimento. Lembro-me que nas Sextas-feiras da Paixão, o cinema da cidade exibia o filme da paixão de Cristo (em preto e branco) o dia inteiro. Num ano entrei na primeira sessão depois do almoço e saí na última, quase meia-noite. Quando saí na porta do Cine Votuporanga tinha uma multidão me procurando, achando que eu tinha desaparecido. Recebi abraços de saudades e alguns puxões de orelha. Só assim percebi que tinha feito alguma coisa errada.
Continuo a me lembrar. Tem arte que a gente fez, que os pais até hoje não sabem. Vou contar uma: quando chegava um circo na cidade eu ficava louco para assistir ao espetáculo. Certa vez chegou o circo dos palhaços Faísca e Pimentão. Arrumei um jeito de ajudar a buscar água e de vender maçã do amor. Até aí um comportamento normal. Depois de um tempo de amizade com a trupe do circo fui chamado para trabalhar na peça de teatro “O Lavrador”. E não é que me sai bem?!! Eu me lembro que nesta peça tinha a música de uma dupla sertaneja famosa, só não me recordo o nome. Devo dizer que a minha carreira de ator terminou logo, na noite de estréia, pois minha participação foi realizada às escondidas dos meus pais. E adivinhe quem estava na platéia na primeira apresentação do espetáculo? Meus pais, claro. Eles não me reconheceram por causa da roupa de camponês que eu vestia. Mas nunca mais eu tive coragem de subir no palco do circo do Faísca, de medo de encontrar meus pais novamente na platéia.
É muito bom recordar estas histórias e, por isso, quero convidá-lo a usar a sua imaginação e a buscar na memória as histórias do seu tempo de criança. Depois, sente-se confortavelmente no sofá da sala e chame seu filho:
― Filho, vem cá que eu quero contar algumas histórias de quando eu era criança! Senta aí e escuta! 

                                                                                              Professor Marcos Roberto Bueno Martinez       

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ANIVERSÁRIO DE COTIA - 1971





O Sr. José Marques de Oliveira, com uma câmera super 8, registrou imagens memoráveis da cidade, como o desfile cívico do aniversário de Cotia em 1971. Observa-se neste vídeo um carro com um bolo no teto, indicando a idade da cidade, a taça Jules Rimet e outras alegorias.

O Sr. José, Rosely Marques, Rose Novaes Pedroso, Marta Savioli, Márcia Pança, José Benedito Bolli e o saudoso Antonio Pio dos Santos são vistos na fita. Segundo o Sr. José, a Fanfarra do G. E. Z. A. S., comandada pelo Prof. Fernandinho, foi o embrião daquela que tempos depois se tornaria a Fanfarra Regente Feijó. 
 
Observam-se também carros como o Aerowillis, e ao fundo o casario antigo que não existe mais.


Professor Marcos Roberto Bueno Martinez