Final de ano é tempo de correria,
compras, presentes, amigo secreto e principalmente de mesa farta. Mas nessa agitação
também sobram momentos de reflexão sobre o que acertamos e erramos durante o
ano, para que assim possamos repor as energias e começar mais um com projetos
de coisas melhores.
Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
PAPAI NOEL VESTE PRETO E BRANCO
CADA
SER HUMANO É UMA PEQUENA SOCIEDADE.
(Novalis)
Quando chega o final do ano, lá vem ele: um
Papel Noel gordo, de barba branca e roupa vermelha. Até que já tentaram fazê-lo
diferente, mas não foi mais do que um modismo passageiro. O que realmente está
marcado na nossa memória é o Papai Noel tradicional. É desse que gostamos! Mas
será que o Papai Noel é sempre assim, bonachão?
Será que durante o ano ele não tem crises existenciais como todo mundo
tem? Não podemos esquecer que esse Noel, que enche o nosso imaginário de
sentimentos nobres durante esse período do ano, também é gente.
Na última década, com o desenvolvimento
econômico do país, o Papai Noel tem andado muito satisfeito e alegre, pois são
muitos presentes. A economia aquecida fez com que cem milhões de brasileiros ascendessem
à nova classe média, e inserida no mercado de consumo ela vai ao paraíso para
realizar seus sonhos. E o Papai Noel? A que classe social ele pertence? Não
acredito que você nunca parou para pensar nisso! Será que ele tem cartão de crédito? Insônia
de tanta preocupação com os juros desse cartão que precisam ser pagos? Entre
mim e você ele é uma pessoa adorável: uma
pessoa que está sempre ali para nos receber com um sorriso e uma palavra que
acalenta nossos sonhos e reforça as esperanças. Afinal ele é gente, de carne e
osso!
Sem polêmica, acho que o velho Noel é
Corinthiano. Outro dia o vi no meio da multidão da Vinte e Cinco de Março.
Andava agitado de um lado para o outro, só que vestido de preto e branco. Um
detalhe me chamou a atenção: tirou de uma bolsa um monte de bilhetes com cores
de todos os times e aos poucos foi atendendo a cada pedido.
Até isso o senhor ensina Papai Noel, que a intolerância
não é uma conduta que devemos conservar. Essa sua atitude foi sutil para
mostrar que devemos viver em comunhão e com as diferenças. Mas penso se esse
Noel anônimo já perguntou o que estamos fazendo nesse mundo... será que ele é
ateu? Ainda continuo achando que ele é gente. Ser gente é muito importante no
mundo de hoje. Ah! Nesse dia em que o vi, saiu da “25” com o saco cheio de
presentes, televisão de led, laptop, celulares da última geração e muito mais.
Será que é melhor “ter” ou “ser”?
Professor Marcos
Roberto Bueno Martinez
CONSTRUINDO O FUTURO
CENTRO
EDUCACIONAL DO MIRANTE DA MATA
(C.
E. José Roberto Maceno)
O Centro Educacional José Roberto Maceno foi
inaugurado no dia 28 de junho de 2003. Me lembro que nesse dia fazia muito
frio. A reação de alguns moradores do Mirante da Mata, quando tiveram a notícia
de que a escola seria construída, não foi diferente da de outros bairros onde
erguemos outras creches: descrença! O nome dado a este centro foi uma homenagem
ao líder comunitário José Roberto Maceno, que sempre esteve envolvido nas lutas
para a melhoria do bairro. Além de presidente da Sociedade dos Amigos do Mirante
da Mata, dirigiu o CONSABS.
Professor Marcos Roberto Bueno Martinez
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Ganhei um poema!
Alma amiga
Marcos, alma amiga e extrovertida
De tua vida exemplo se fez
Estendida sua mão no afago, no aperto,
no conserto, no conselho e no apelo!
Tua caneta vida criou
No papel tudo expressou
Na memória ficarás
Qual soneto fiarás.
De tua vida exemplo se fez
Estendida sua mão no afago, no aperto,
no conserto, no conselho e no apelo!
Tua caneta vida criou
No papel tudo expressou
Na memória ficarás
Qual soneto fiarás.
Obrigado, Lúcia Venturini, alma amiga.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
PÁTIO DA ESCOLA ANTÔNIO ZACARIAS DA SILVA
(Atual Pedro Casemiro Leite)
Arquivo: Márcia Pareja
Essa foto da antiga Escola Zacarias Antônio da Silva foi enviada pela professora Márcia Pareja, e destaca um grupo de crianças no pátio da escola. Segundo a professora, a foto foi tirada entre 1969 e 1970. Do lado direito, em destaque, a Professora Maria do Carmo (falecida recentemente). A Professora Pareja identificou a aluna do 3º ano, Marilisa, hoje supervisora de ensino em São Roque, e o aluno do quinto ano, Haroldo, filho do senhor Dimas. Deixo a você, que estudou nessa época, a tarefa de ajudar a identificar as professoras e alunos na foto.
Professor Marcos Roberto Bueno Martinez
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
ALBERTO CAEIRO, UM PEDAÇO DE FERNANDO PESSOA
Lembram quando escrevi um texto sobre Fernando Pessoa, antes mesmo de terminar a leitura do livro? (Fernando Pessoa uma quase autobiografia, escrito por José Paulo Cavalcanti Filho). Pedi então desculpas pelo meu atrevimento, mas continuo lendo o mesmo livro, vagarosamente e aproveitando cada detalhe e informação sobre o poeta e seus heterônimos.
Desavergonhadamente, de novo, venho escrever singelas linhas sobre Alberto Caeiro, um dos seus 127 heterônimos, ainda sem terminar a leitura do livro. E sem fazer a promessa de não cometer esse pecado (de escrever algo antes de terminar a leitura), quero continuar fazendo essa transgressão toda vez que for tocado na alma pelas palavras de Pessoa e de seus “outros”.
CANTO X
(O GUARDADOR)
Que te diz o vento que passa?
Que é vento e que passa.
E que já passou antes.
E que passará depois.
Este canto inspirou Manuel Alegre a escrever “Trova do Vento que Passa”, que foi musicado por Antonio Portugal. Este fado se transformou em um hino da resistência a Salazar e hino da Revolução dos Cravos. Abaixo um pequeno trecho:
TOVA DO VENTO QUE PASSA
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
O vento nada me diz
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.
Professor Marcos Roberto Bueno Martinez
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