O sr.Benedito Viviani
está muito bem, com 85 anos e uma memória de elefante. Acho que bem maior do
que de elefante! (risos).Viviani faz questão de mostrar a sua lucidez com a
idade que tem, contando histórias da juventude e causos sobre gente que fez
parte da sua vida. Sempre usando da sua sabedoria que a vida lhe atribuiu e um bom
humor singular. Conta as estripulias que realizava com
seus amigos, na década de quarenta e cinquenta,em Cotia, com tantos detalhes que
fica difícil separar o que é fantasia da ficção. Perfeito!
Gratidão.
Benedito Viviani
Aí no lugar onde você
mora, com certeza tem alguém como o senhor Viviani que guarda um pedaço da
memória da cidade que os olhos de muitos não enxergam, mas estão vivas em
moradores antigos. E que devem ser resgatadas e registradas. Nos dois livros que
escrevi sobre Cotia, contei com o conhecimento do senhor Viviani. Indicou-me as
pessoas que poderia entrevistar e onde encontraria documentos sobre a cidade.
Foi um orientador fabuloso. Ajudou com prazer imenso.
Na última vez que
estive com o sr.Viviani,ele se emocionou em dizer que um dos livros tinha sido
autografado pelo Papa. Aquele que conta a história do Hospital de Cotia. Disse
isso,com os olhos transbordando em lágrimas.Conversar com sr.Viviani com sua
fala carregada de amor pelo lugar que o recebeu com carinho,em 1947, sugere, na
sua emoção, que temos o dever de cuidar da memória do lugar onde passamos uma
parte ou uma vida inteira. Não dá para apagar e nem esquecer.
As brincadeiras. Os
deboches. A criatividade... O sr.Viviani lembra essa época que Cotia era muito
diferente de hoje. E sem querer dizer que era melhor do que hoje, era um tempo
diferente dos dias atuais, que também tem seus valores a serem preservados e
contados. Se não fosse o sr.Viviani e outros colaboradores não teria escrito os
livros sobre as histórias da cidade. Teria desaparecido com eles ou ficado com
eles na solidão de suas idades. Sr.Viviani valeu a pena!
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