Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

BENEDITO VIVIANI: O HOMEM QUE CONSERTAVA LÂMPADAS QUEIMADAS


O sr.Benedito Viviani está muito bem, com 85 anos e uma memória de elefante. Acho que bem maior do que de elefante! (risos).Viviani faz questão de mostrar a sua lucidez com a idade que tem, contando histórias da juventude e causos sobre gente que fez parte da sua vida. Sempre usando da sua sabedoria que a vida lhe atribuiu e um bom humor singular. Conta as estripulias que realizava com seus amigos, na década de quarenta e cinquenta,em Cotia, com tantos detalhes que fica difícil separar o que é fantasia da ficção. Perfeito!

Gratidão. 
Benedito Viviani

Aí no lugar onde você mora, com certeza tem alguém como o senhor Viviani que guarda um pedaço da memória da cidade que os olhos de muitos não enxergam, mas estão vivas em moradores antigos. E que devem ser resgatadas e registradas. Nos dois livros que escrevi sobre Cotia, contei com o conhecimento do senhor Viviani. Indicou-me as pessoas que poderia entrevistar e onde encontraria documentos sobre a cidade. Foi um orientador fabuloso. Ajudou com prazer imenso.

Na última vez que estive com o sr.Viviani,ele se emocionou em dizer que um dos livros tinha sido autografado pelo Papa. Aquele que conta a história do Hospital de Cotia. Disse isso,com os olhos transbordando em lágrimas.Conversar com sr.Viviani com sua fala carregada de amor pelo lugar que o recebeu com carinho,em 1947, sugere, na sua emoção, que temos o dever de cuidar da memória do lugar onde passamos uma parte ou uma vida inteira. Não dá para apagar e nem esquecer.

As brincadeiras. Os deboches. A criatividade... O sr.Viviani lembra essa época que Cotia era muito diferente de hoje. E sem querer dizer que era melhor do que hoje, era um tempo diferente dos dias atuais, que também tem seus valores a serem preservados e contados. Se não fosse o sr.Viviani e outros colaboradores não teria escrito os livros sobre as histórias da cidade. Teria desaparecido com eles ou ficado com eles na solidão de suas idades. Sr.Viviani valeu a pena!

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