Meu Deus do céu, receba com alegria o Sr. Viviani na sua morada. Ele partiu daqui e com ele levou toda sua generosidade e alegria. O Sr. Viviani foi um inventor de ideias recheadas de bom humor. Meu Deus deste mundo, ele consertava lâmpadas, assim diziam. Meu Deus, ele foi um dos homens que ajudou a construir o Hospital de Cotia. Deus, ele era tão criativo que ajudou a construir um foguete, o Sputnik, bem antes que os russos. Era um homem que estava à frente do seu tempo. Meu Deus deste imenso mundo, ele me ajudou a escrever dois livros com sua memória de elefante.
Pouco tempo antes de completar 88
anos, nas conversas que tínhamos, eu adorava testar sua memória com “causos”
sobre Cotia. Dizia ele, com orgulho do poder da sua memória, que se lembrava de
datas e casos distantes no tempo. Meu Deus, com a idade que tinha parecia um
menino danado. Seus olhos brilhavam diante das suas histórias. Escrevi cada uma
delas. Meu Deus, juro de pés juntos que tenho uma única preocupação: quando ele
encontrar o seu amigo Yano e outros que daqui já foram, o Senhor terá que criar
um departamento de invencionices aí no céu.
Um abraço, meu amigo, descanse em
paz.
Cotia,
23 de junho de 2016.
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