Separação significa
deixar para trás coisas que acreditávamos que seriam para sempre. Nem tudo é
pra sempre!
Quando nos separamos de
alguém com quem combinamos construir uma vida, o mundo desaba. Num primeiro
momento o que queremos é achar um culpado pelos fracassos daquela relação que
tinha tudo para dar certo. Porque não deu certo?
Nas primeiras
avaliações, o culpado é sempre o outro. Aí começa uma história de vitimização.
A sensação que fica é
de um vazio imensurável. Só quem passou por essa situação pode contar sobre esse
sentimento. Fiz quase tudo que ele ou ela queria! Quase tudo! Porque não deu
certo? Ficamos despedaçados interiormente.
O gosto do metal de
péssima qualidade toma conta do hálito quando não encontramos respostas para as
fantasias, aquelas que não conseguimos concretizar em uma relação. Eram tantos
sonhos e desejos...
Esse sofrimento vale
tanto para a relação tradicional ou não. Cada um com sua dor. Dor passageira ou
não, cada uma do seu jeito. Porque nos separamos se creditávamos ao outro(a)amor
eterno?
A angústia aumenta demasiadamente quando analisamos do ponto de vista
religioso.
Quanto mais perguntamos
mais nos culpamos. A culpa é um sentimento que foi inventado pelo diabo. Pode
acreditar!
Que culpa tem os
filhos em uma separação? Às vezes são esquecidos! São esquecidos como se
quiséssemos negar a sua existência. Queremos apagar do nosso pesadelo que eles
vieram daquele sonho que acabou às turras (nem todo mundo é assim). Eles
existem de carne e osso e sofrem tanto quanto os separados. Separação implica deixar pessoas que você gostou muito. Ainda bem que temos um
arquivo chamado lembrança. Para matar a saudade.
Manter as rédeas
dos nossos sentimentos para que a coisa não descambe para o desrespeito é
difícil também. Quando a relação começa a degringolar voltamos a metralhadora para
o amado(a) ou ex-amado(a)e tudo aquilo que não falamos durante muito tempo vem à
tona. Coisas que nos magoaram e não falamos em nome do amor perfeito. Nesse ato
de desabafo nos aliviamos. Ufa, falei!
Um alívio que
vem seguido de um vazio. Vazio que vai melhorando com o passar do tempo e
quando vamos analisando e descobrimos que a responsabilidade do fracasso tem que
ser dividida. Quanto é duro e doloroso assumir que não somos tão perfeitos
quando imaginávamos.
O melhor é fazer
uma avaliação honesta para não ficarmos ranzinzamente insuportáveis. Aceitar
viver o que resta da vida introspectiva e sozinha(o). Ora, não existe amor perfeito,
existe amor. Sempre que possível devemos estar abertos a outras aventuras sem
medo. O término de um casamento não é o fim do mundo.
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