Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

SERÁ QUE TODA MÃE É EXAGERADA?


Será que toda mãe é exagerada?  Quando o rebento aqui veio ao mundo quase raquítico e com bronquite de tirar o sono e o fôlego, mamãe saiu atrás das benzedeiras da cidade para ensinar-lhe uma simpatia, primeiro para solucionar a bronquite e, depois, com o raquitismo, dois vidros de cálcio e muita comida. Será exagero? Não, é amor! Outro dia perguntei sobre as simpatias, foram mais de dez, agora eu posso contar, mas manteve como segredo todo esse tempo com medo que a bronquite voltasse. Será que foi exagero guardar esse segredo por tanto tempo? Não foi exagero! Mãe protege seus filhos com unhas e dentes. Não tem essa coisa de exagero com as mães, elas amam incondicionalmente.   
Mesmo o amor de mãe sendo incondicional penso que, às vezes, elas são exageradas. Quem já ouviu uma mãe publicamente dizer que seu filho ou filha é feio(a)? Nunca ouvimos! E quando diz é com gesto carregado de carinho e proteção. Diz delicadamente... tão delicadamente que as palavras feia e feio ficam lindas de se ouvir. “Coisinha feia da mamãe”. Não é exagero! E sim uma forma de dizer que ela será uma companheira para sempre em todas as circunstâncias, exageradamente.  
Quando batemos à porta de casa, uma voz acompanhada com eco percorre a casa e alerta de que o tempo está frio e a frase ecoa como proteção: não se esqueça da blusa de frio, meu filho. Olha, não esqueça o guarda-chuva (não se nota nem tempo de chuva). Filho! O lanche está na mochila. Como este “meu filho”, dito com firmeza e amor, acalenta nossos caminhos. Saímos de casa que a certeza de que estamos bem acompanhados. Será que mãe é realmente exagerada? Nada de exageradas! Elas enxergam o futuro...

Quantas noites elas passam do seu lado para cuidar para que a febre não volte. Quantas vezes ela levanta pisando o chão como uma pluma para sentir se seu rebento está respirando. Exagero? Apenas amor. E aquelas que, não contentes de sentir a respiração com um palmo apenas de distância do filho, aproximam-se para tocar a mão no peito como um beija-flor para sentir a pulsação do coração (tenho certeza que você já fez isso, mãe). Nem um pouco exageradas. Apenas, mãe. Existem mães de todo quanto é jeito: mãe-avó, mãe-tia, mãe-vizinha... mãe-de-coração. Sabe de uma coisa, tem Mãe que é mãe sem ter filhos. Conheço um monte delas que atuam solidariamente em abrigos. Inexplicável essa coisa de ser mãe. Talvez o único sentimento possível de explicar, neste momento, exageradas, de forma alguma.     

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