A Lei do Silencio tem provocado
discussões calorosas e importantes sobre a ocupação e uso do espaço público e
privado. Ora, aqui, público e privado se confundem, onde começa um e termina o
outro? Talvez tarefa difícil seja separá-los e dar uma identidade para cada um,
mas não impossível. Quando encontramos todo tipo de lixo jogado pelos quatro
cantos da cidade entulhando as calçadas parece existir uma confusão imensa
entre o privado e público.
Parece que tudo se pode no espaço
público...
Talvez falte uma política pública
de conservação e preservação do espaço que habitamos. Vivemos! Salve-se quem
puder?Uma grande verdade! Não se importando que a calçada seja de uso coletivo.
O importante é me livrar do lixo que me incomoda sem me importar com o outro. O
cidadão, ao agir assim, não sabe muito bem o que é público e o que é privado. Aí
que entra o Estado como gestor, considerando todas as diversidades.
Uma Lei que pretende coibir o
barulho não pode ser excludente. Ela tem que atender todos os segmentos da
sociedade. Ela não pode ser só contra os bailes funk que cercam ruas e atravessam a noite com as caixas de som
estonteantes (normalmente produz música de mau gosto). Espaço muitas vezes para
vender bebida alcoólica e para o tráfico de drogas. Há exceções!Também existem
bailes funkque não estão dentro desse padrão
de criminalidade e é expressão de um movimento cultural.Expressão de um jeito
da periferia que é esquecida pelas políticas públicas.
Um aspecto importante dessa Lei do
Silencio é ver o legislativo legislando. Discutindo e promovendo um debate com
a sociedade. Há que cuidar que essa lei não seja mais uma a não ser cumprida. Há que
levantar os lugares que se promove a antilei do silêncio (logística). Não é
difícil e só andar por alguns bairros da cidade, no final de semana, e se verá.
Verá uma confusão entre o privado e o público. Parece que a coisa funciona
assim: aqui no espaço da minha casa: quem manda sou eu, características claras
do consumismo, do individualismo e do egocentrismo. Não
se importando com quem está ao lado.
A Lei do Silêncio tem que abordar
todos os sons que incomodam. Não pode ser seletiva. Talvez, essa Lei ajude a
definir ou a separar o que é público e privado. Tarefa difícil! Um bom começo.
Não podemos esquecer que a Lei do
Silêncio tem que ter o Poder Público como exemplo.
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