Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A VIOLÊNCIA NA ESCOLA É CULPA DE QUEM?


Apesar de toda modernidade tecnológica e mudanças de valores a cada segundo, há certas coisas que acontecem no cotidiano que, apesar de todo este avanço, ainda assustam muito. E às vezes perplexos, paramos para pensar em que mundo estamos vivendo! Outro dia acompanhei pela imprensa uma briga de gangues dentro de uma escola pública, que teve um final muito triste. Alunos, funcionários e professores foram agredidos e a escola parcialmente destruída. Seriam rebeldes sem causa? Este e outros atos de vandalismo que a cada dia vêm aparecendo com frequência são inaceitáveis dentro de um espaço sagrado como a escola. Assim penso! Além de ser inaceitável qualquer tipo de violência dentro de uma escola, esta  prática não é aceitável em lugar nenhum do mundo. Pasme! Violência não é apenas um enredo de escola pública. A violência em escola particular não é tão diferente da escola pública. Talvez um pouco mais velada. O que fazer? De quem é a culpa? A quem culpar?
Analisar a violência nas escolas apenas do ponto de vista da culpa é um grande erro. Ao analisar assim, a soma de tudo sempre sobra para o mais fraco. Mas quem é o mais fraco nesta história? Ninguém! Todos os envolvidos no processo de educar são responsáveis pelas relações na escola, sejam elas boas ou ruins. Vamos à experiência: porque tem escolas,  uma perto da outra, com resultados pedagógicos diferentes? Há escolas com os mesmos recursos pedagógicos e condições de trabalho idênticos:  uma escola funciona “meia boca” e a outra dá resultados positivos. Porque? Desta forma parece que achamos um culpado? A escola. Não é bem assim! Devemos analisar esta questão com profundidade e levar em consideração todos envolvidos com o ambiente escolar.
Às vezes falta um projeto educacional consistente. E às vezes falta compromisso do grupo com este projeto. Não existe mais espaço para projetos de gaveta. O pior de tudo é quando falta um projeto educacional de governo. E como falta! Discute-se sobre quase tudo na escola menos sobre o aluno. Simples, né? Não é tão simples como parece! Vamos à experiência: nas vezes que participei de discussões sobre violência no espaço escolar, no final as conclusões são quase  sempre as mesmas: o aluno é o grande culpado. E as ações no sentido de resolver são lamentáveis. Para a violência que vem de fora da escola é mais fácil levantar muros monstruosos e grades que deixam aquela aparência de cadeia, do que entender sociológica e pedagógicamente o problema. A solução da violência interna é criar disciplinas e regras que normalmente não funcionam. E aí fica aquela coisa nebulosa: vamos fazer de conta que resolvemos com as normas e a disciplina, e o resto da turma faz de conta que está tudo bem. Não é bem assim! Vamos aprofundar um pouco mais está questão? E o papel dos pais neste processo de ensino e aprendizagem?
A escola é uma instituição isolada da sociedade? Não! Agora melhorou! A análise deve ser feita com todos os que formam este contexto do espaço  escolar. Educadores, pais, funcionários, voluntários, e todos aqueles  que estão envolvidos com  a escola. O que precisa acontecer de fato é que cada um assuma o seu papel. O professor tem que ser professor! O pai tem que ser pai! E o poder público também tem que cumprir seu papel. Não podemos ficar transferindo a batata quente um para o outro. Assim sendo, talvez possamos começar a entender porque tanta violência na sociedade  tem resvalado dentro da escola.
Professor Marcos Roberto Bueno Martinez

Um comentário:

  1. CAÊ:
    visitei o teu blog,gostei ,principalmente sobre a violência nas escolas.Fiz estágio na escola São Joaquim ,as grades lembram uma prisão.Espero que um dia tudo melhore.Tenha uma ótiam semana,um abraço.

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