Esta foto foi tirada na década de 40. Para que possamos nos localizar, este ponto da estrada, que hoje conhecemos como Raposo Tavares, fica em frente ao “Extra”. Naquele tempo a estrada recebia o nome de São Paulo-Paraná, e ali funcionava um entreposto comercial que atendia aos moradores da cidade, aos tropeiros de passagem rumo a Sorocaba e ao Sul do país, e também a viajantes em geral. Nesta década, Cotia tinha 13.439 habitantes. Hoje são mais de 200.000.
Eliana Silva, neta do Nhô Zaca, acrescentou algumas informações ao texto que vão elucidando as memórias desta cidade, que parecem estar tão distantes. Ao mesmo tempo, quando nos debruçamos sobre estes documentos, percebemos que cada história, cada carro, a arquitetura de cada casa e a ocupação do espaço geográfico estão muito vivos ainda:
“Recebi a resposta do Edu, meu primo, com as informações de Valter Silva, neto mais velho do Zacharias, ainda vivo. No velório da Dirce conversei com Aristides Oliveira, que nasceu e cresceu no Portão e está com uma memória fascinante. Foi ele quem falou do Instituto Nacional do Pinho. A foto foi tirada bem em frente ao posto da guarda civil, anterior aos guardas rodoviários do DER. Eram esses guardas civis que paravam os caminhões carregados de madeira vinda do Paraná e de Santa Catarina. O instituto foi criado em 19/3/1941 e funcionou até 1967. (Google)”
Continua Edu, primo de Eliana: Meu pai confirmou. A construção à esquerda era o "Posto do Pinho" mesmo. Onde os caminhões paravam para fiscalização pela polícia. Na foto aparecem os policiais, os quais costumavam ganhar muitos presentes... rsrs.... cabritos, porcos, galinhas, palmitos, etc. A antiga padaria do Portão ficava do lado direito desta construção, e na foto, ainda não havia sido construída. A casa mais à direita, meu pai não se lembra o que era, mas disse que ficava entre a antiga padaria do Portão e a casa da tia Geni. O morro ao fundo é onde hoje está a Etrusca, o prédio da Telefônica e mais à esquerda, a Prefeitura.
Essa foto recente mostra as mudanças que aconteceram neste período de quase 70 anos. É importante observar a intervenção do homem no espaço, mudando radicamente a geografia do lugar.
Meu avô ANGELO PRADO SOBRINHO, era inspetor da Guarda Civil e trabalhava nesse posto justamente nessa época.
ResponderExcluirParabéns pela foto e o histórico.