UMA BREVE INTRODUÇÃO
Enviei este texto para uma amiga fazer uma avaliação, e logo em seguida recebi uma observação sem rodeios: “― Está faltando alguma coisa... você não vai fazer nenhum comentário?” Voltei a reler o texto das fotos e realmente vi que ela tinha razão. A princípio achei que não seria necessário, pois as fotos falam por si. E queria também que ele fosse lido com o conteúdo de cada leitor.
Tenho um arquivo significativo de fotos antigas de Cotia e percebi que quase não existem fotos de mulheres e, quando elas aparecem, não estão em papel preponderante nas imagens, sempre aparecendo em segundo plano. Porque será? Poderia apressadamente dizer que a sociedade local era extremamente machista, mas prefiro deixar esta hipótese de lado e propor um estudo da mulher na História de Cotia.
Assim sendo, quero convidá-los a fazer uma leitura cuidadosa das fotos dos antigos moradores desta cidade, que tem muito a dizer aos nossos sentimentos.
Vicente Pedroso, funcionário da Caixa Econômica Federal e da Coletoria Estadual; José Borba, conhecido pelo apelido de Borbinha, era motorista de ônibus; Dr. Francisco Figueiredo Filho, médico do posto de saúde que se localizava do lado da loja da Léia; Joaquim de Moraes Victor, enfermeiro do posto de saúde; Roque Savioli, comerciante.
Esta foto foi tirada no dia 23 de novembro de 1952, há 59 anos. Ao fundo observa-se a Capela de Nossa Senhora da Penha, e o personagem na frente é um dos andarilhos que passaram por Cotia, e o que mais cativou os moradores. Inácio Santo era seu nome. Ele prestava serviço aos moradores carregando latas de água, e a cada lata de água carregada, as pessoas pagavam-lhe um tostão. Maria Pedroso Moraes, de 84 anos, conhecida como dona Mariazinha, guarda em suas lembranças que Inácio, além da lata na cabaça, trazia duas outras nas mãos e andava pelas ruas da cidade cantarolando e dançando.
Da esquerda para direita: Flavio Luz, Kayano, Luiz Egídio Fechio (Pinguim).
Da esquerda para direita: Dr. Osvaldo, Kayano, Kassio. Essa foto foi tirada em 1948, em Pirapora do Bom Jesus.
Da esquerda para direita: Maria Aparecida do Rosário Magalhães, Deodomiro de Castro Pedroso, Joaquina Benedita de Castro e Benedita de Castro Pedroso. Ao fundo a casa que eles moravam, na rua Joaquim Barreto, antigo nº 30. A frente da casa foi construída de taipa de pilão e o fundo de pau-a-pique.
Ao fundo a Praça da Matriz.
Professor Marcos Roberto Bueno Martinez
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