Que
tal nos comportarmos de forma diferente nestas eleições? Deixar de lado todas
as pedras (no sentido figurativo) que gostaríamos de atirar nos políticos e
analisá-los, a partir daquilo que desejamos para nosso cotidiano?Esse desejo
não pode ser individual,mas,sim, coletivo. Combinado. Analisaremos como nos
comportamos ou deveríamos nos comportar diante da enxurrada de informações que
receberemos, daqui para frente,de todos os candidatos.
Ora,
todos os candidatos sem exceção se apresentam como um produto exposto em uma
prateleira (gôndola) de supermercado. Impecáveis. Gastam milhões para aparecer
aos nossos olhos como defensores dos nossos interesses,sempre simpáticos! Já
que se oferecem como produtos, então vamos comprá-los como tal e com muita
cautela.
A
primeira observação é olhar a validade do produto. Prevenção. Não compramos
produtos perecíveis para colocar na mesa de casa? Olhar o enunciado que
apresenta o produto. A etapa seguinte é pesquisar a origem do produto.
Muito
cuidado, quem vê cara não vê coração. Questionamentos. O candidato que se
apresenta já teve algum cargo no poder legislativo ou executivo? Como foi seu
desempenho? É bom conhecer a história desse produto todo pomposo e, agora, solícito.
Apenas
uma advertência: essas indagações não impedirão você de votar errado de novo.
Todos (quase todos) os candidatos criam uma imagem de vida associada a
sofrimento. Dessa forma, nos sensibiliza. Somos um povo emotivo. Muito cuidado!Cuidado,
principalmente com as histórias de vida tipo melodrama mexicano.
Mesmo
com todo cuidado, a embalagem dos produtos pode ser enganosa. Pode dizer uma
coisa e ser outra.
Há
um tempo diria que a história de um candidato era importante e bastava no
sentido da nossa escolha. Agora, não é bem assim, eles estão muito parecidos.
Fica difícil decidir. Fica difícil escolher.
Aqui,
com meus botões, não é tão difícil escolher um candidato. Como anda a saúde da
sua cidade? Como anda a educação da sua cidade? Como anda a segurança da sua
cidade? Como anda a mobilidade urbana na sua cidade? Penso que essas perguntas
podem ajudar a escolher ou formar o perfil de um candidato.
Além disso, uma
forma coletiva de pensar a política com ética que tanto desejamos.
Franqueza
é uma coisa importante na vida. Ou nos comportamos como cidadãos que realmente
queremos ser,uma educação melhor, um atendimento humano na saúde, segurança e
um transporte melhor, ou estamos perdidos. Se tivermos preocupação com a política
como temos com o futebol as coisas seriam diferentes. Adoro futebol. Não vale
votar em troca de um cargo que vai compensar você, individualmente. Sabe, não
vale o jeitinho... Se conseguirmos pensar na escolha de um candidato, a partir
das nossas necessidades sociais, com certeza eliminaremos muitos candidatos sem
noção do que é servir a sociedade.
Mesmo
assim podemos cometer erros. Errar faz parte da nossa caminhada... O que não
podemos é deixar os outros decidirem pela gente ou fazer de conta que política
é algo distante e que não faz parte da nossa vida. Os produtos engomadinhos
adoram esse tipo de comportamento. Até agora analisamos a aparência, a
embalagem, falta olhar o conteúdo desse nosso produto. Aí precisamos aguçar os
nossos olfatos. Esse critério também é importante - para escolher um candidato
preciso escrever outro texto.
Muitos
critérios de escolha de um candidato dependem muito de como nos comportamos.
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