Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

NEM TODAS AS DATAS COMEMORATIVAS SÃO TÃO FESTIVAS PARA ALGUNS COMO IMAGINAMOS


Quem não tem uma família nos moldes convencionais passam alguns perrengues no convívio escolar (na vida diária também). Estes eventos se tornam uma tortura.

As festas nas escolas, normalmente, são organizadas para crianças que têm uma família “normal”. Como explicar para uma criança que nos dias que antecedem o dia dos pais ele ou ela não vai entregar um mimo confeccionado em sala de aula?Apenas um gesto de carinho.

Muitos alunos não têm o nome do pai no registro de nascimento. Muitos outros não têm a presença dos pais no convívio diário. Outros não sabem nem quem é o pai. Constrangedor. Ao contrário do que muitos dizem, todo mundo quer ter um pai e uma mãe. Quem nunca teve fica imaginando como é ter um ou uma.

A família, neste momento, é fundamental para evitar qualquer tipo de constrangimento. Sempre aparece um avô ou avó que tenta cumprir este papel. Tenta?Sempre aparece um tio ou tia que se apresenta como pai. Apresenta! Sempre aparece uma mãe com jornada dupla de afetividade. Pai e mãe!Muitas mães estão nestas condições. Este envolvimento afetivo de outros da família em parte substitui esta ausência paternal. Um pouco, mas não completamente.

Alguns alunos que vivem esta situação “anormal” dizem que são felizes pelos afetos destes outros da família. Verdadeiramente querem o afeto dos pais. Querem ter o nome e sobrenome do pai no registro de nascimento. Querem a presença dos pais nos dias de importância comemorativa. Muitas querem saber quem é o seu pai. Não importam as condições deste pai. Nem que depois se decepcionem com esta figura paterna. O desejo de conhecê-los é maior. O sentimento de abandono incomoda. Nestes casos, a verdade sobre esta ausência dos pais é a melhor saída.


A escola, neste tipo de situação, tem um papel pedagógico fundamental. 

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