Quem
não tem uma família nos moldes convencionais passam alguns perrengues no
convívio escolar (na vida diária também). Estes eventos se tornam uma tortura.
As
festas nas escolas, normalmente, são organizadas para crianças que têm uma
família “normal”. Como explicar para uma criança que nos dias que antecedem o
dia dos pais ele ou ela não vai entregar um mimo confeccionado em sala de aula?Apenas
um gesto de carinho.
Muitos
alunos não têm o nome do pai no registro de nascimento. Muitos outros não têm a
presença dos pais no convívio diário. Outros não sabem nem quem é o pai.
Constrangedor. Ao contrário do que muitos dizem, todo mundo quer ter um pai e
uma mãe. Quem nunca teve fica imaginando como é ter um ou uma.
A
família, neste momento, é fundamental para evitar qualquer tipo de
constrangimento. Sempre aparece um avô ou avó que tenta cumprir este papel.
Tenta?Sempre aparece um tio ou tia que se apresenta como pai. Apresenta! Sempre
aparece uma mãe com jornada dupla de afetividade. Pai e mãe!Muitas mães estão nestas
condições. Este envolvimento afetivo de outros da família em parte substitui
esta ausência paternal. Um pouco, mas não completamente.
Alguns
alunos que vivem esta situação “anormal” dizem que são felizes pelos afetos
destes outros da família. Verdadeiramente querem o afeto dos pais. Querem ter o
nome e sobrenome do pai no registro de nascimento. Querem a presença dos pais
nos dias de importância comemorativa. Muitas querem saber quem é o seu pai. Não
importam as condições deste pai. Nem que depois se decepcionem com esta figura
paterna. O desejo de conhecê-los é maior. O sentimento de abandono incomoda. Nestes
casos, a verdade sobre esta ausência dos pais é a melhor
saída.
A
escola, neste tipo de situação, tem um papel pedagógico fundamental.
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