Quem
já não recebeu visita de amigos em que os filhos ou filhas detonam a casa? Muitas
vezes com a condescendência dos pais.Muitas vezes com a indiferença dos pais. As
crianças vão mexendo em tudo que encontram pela frente. Algumas vão quebrando o
que encontram. Outras chegam até a colocar o dedo na tomada e levam aquele
choque.As estripulias são muitas. Cadê os pais?
Alguns
pais acham que os filhos são até engraçadinhos quando se comportam desse jeito.
Coitadinho! Alguns pais deveriam, antes de sair de casa, ensinar boas maneiras
aos filhos. Ensinar que sofá foi feito para sentar e não para pular (sofá não é
pula-pula).
Criamos ditadorzinhos mirins.
Depois
que o pimpolho e a princesa fazem a festa na sua casa, colocando quase tudo a
baixa, é duro ter que ouvir que o pai acha que a criança é inteligente demais e
que ela parece ser hiperativa. Só parece! Sem diagnóstico
nenhum. Parece muito mais uma desculpa esfarrapada.Essa criança nasceu agitada.Adorável!
Talvez nessaconclusão paternal e/ou maternal esteja uma dificuldade dos pais em
lidar com o que é educação (essa educação não é papel da escola).
Olham
para os filhos como se esses fossem coitadinhos. Quaisquer regras de
convivência civilizada podem causar traumas aos pimpolhos, deixam as crianças livres.
Outra
coisa -
Se
você é o dono da casa e reclama aos pais do comportamento inadequado dele ou
dela,pode perder o amigo. É aquela coisa: educação do meu filho eu cuido (muitas
vezes indiferentes às regras de civilidade).
Alguns
pais têm dificuldades para aceitar que eles estão fracassando na educação dos
filhos ou filhas. E não querem,de jeito nenhum, que alguém mostre seu fracasso
bem ali na sua cara. Egoístas! No dicionário desses pais não existe a palavra
não.
O
não é usado como sim.
Outro
dia, na casa de um amigo, num encontro,o filho do indiferente pulava alucinadamente
no sofá. Passava em frente à televisão. Falava mais alto que todo mundo. Mexia
em tudo. E os pais ali parados como se aquele tormento não fosse com eles. A
mãe sem nenhuma autoridade dizia –pare filhinho. Com aquela fala mole e
indiferente. Nem mesmo as moscas obedeceriam àquela ordem tão flácida. O pai,
toda vez que entrevia, chamava a atenção da mulher como se a educação do
pimpolho coubesse só à mãe.
Depois
de muito tempo, o dono da casa chamou a atenção da criança. A situação estava
insuportável! Só os pais não percebiam. As outras visitas, incomodadas. Depois
da chamada de atenção os pais fecharam a cara em protesto. Não gostaram que o
dono da casa chamasse a atenção do seu filhinho.Imagina alguém chamar a atenção
do meu filho! Logo foram embora, convictos de que o dono da casa não tinha
educação. Não tinha sido um bom anfitrião.
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