Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

PRECISAMOS APRENDER A SERMOS SERVIDOS



Esta semana acompanhei minha mãe para realizar um exame de cateterismo e fui surpreendido com a orientação da enfermeira Emília. Calmamente, ela foi explicando os cuidados que deveriam ser tomados após a realização do exame.Durante as orientações, olhou para minha mãe e com firmeza e voz mansa disse: “D. Cida, até agora a senhora serviu! Agora a senhora vai ter que apreender a ser servida. Aprenda a receber. Temos que deixar alguns caprichos de lado que adquirimos durante a vida e nos colocarmos à disposição de quem está disposto a cuidar da gente”. Achei isso de uma delicadeza e sensibilidade muito grande.Saí do hospital flutuando nas nuvens. Ainda existe gente boa neste mundo de meu Deus.

Lúcia, a outra enfermeira,tinha todo cuidado com minha mãe ao subir e descer da cama e em todo momento era carinhosa. É gente que sabe da importância da sua profissão e dedica-se de corpo e alma. A cada palavra elas iam deixando claro o quando é importante se cuidar e ser cuidada. Tudo dito no sentido de valorizar a vida. Saí do Hospital do Servidor Público pensando como impedimos, até inconscientemente, que cuidam da gente quando estamos fragilizados com algum tipo de doença. Emília e Lúcia cuidaram da alma do paciente. Tocaram na alma do paciente. Mostraram-se profissionais preparadas para exercer seu trabalho com dignidade.

Muitas vezes estamos à disposição de amigos e dos filhos e fechamos as portas quando precisamos de um cuidado, um afago. Por quê? Orgulho? Medo de que entrem no mundo de defesa que criamos? Que descubram o quando somos frágeis? Caprichos! Invocamos com a luz acesa. Invocamos com o barulho das crianças. Invocamos com o pingar da água que cai da torneira semiaberta. Invocamos com quase tudo. Descobrimos que não podemos caminhar com desenvoltura como antes. Descobrimos que as mãos não alcançam o copo para beber água como antes. Descobrimos que não somos os mesmos de antes. Talvez aí a reclusão. O ficar sozinho. Ora, não devemos ficar com vergonha das nossas limitações, mas criar outras opções para essa nova vida. Como uma mão amiga ajuda!

Sabe de outra coisa: não precisamos ser cristãos para nos apresentarmos como bonzinhos (é uma grande moda atualmente.). Podemos ser humanos em nossas atitudes diante daqueles fragilizados. Se quisermos aprimorar coisas boas não é difícil. Expelir coisa ruim é muito difícil. Possível! Essas profissionais souberam separar suas dores pessoais para se colocarem à disposição para cuidar da dor dos outros. São profissionais que ganham mal e muitas vezes trabalham em situações insólitas, mas estão ali, de pé e com orgulho do que fazem.
Fique à disposição para receber o bem.



sábado, 21 de fevereiro de 2015

MUNDO CÃO


O que leva um empresário bem-sucedido a planejar a morte da mulher amante e dos filhos gêmeos que a mãe lhe cobra que assumisse a paternidade?Talvez a resposta imediata para crimes de tal crueldade é dizer que é falta de Deus. Será? Segundo informação dos vizinhos, o criminoso era um bom marido e bom pai. Uma pessoa tranquila. Uma justificativa comum também é dizer que é coisa do diabo. Será? São justificavas que não respondem à pergunta sobre o que leva uma pessoa a cometer um crime com requintes de crueldade.

Egoísmo! As câmaras flagram o assassino subindo no carro a mando do suposto pai. Ardilosamente diz ele que vai assumir a paternidade das crianças. Dá esperança para a mãe. Cria um cenário de felicidade e assassina todos brutalmente. O que leva alguém a planejar a morte para deixar seu caminho livre? Será a impunidade? O narcisismo é tão exacerbado que o assassino não percebe que não existe crime perfeito?Não percebe que não está sozinho na cena do crime?Cada álibi criado cairá diante das evidências dos fatos. Mesmo assim, crimes dessa intensidade e grau de violência são manchetes de jornais quase todos os dias.

Filhos assassinando pais - diante de um possível não! Crime passional - não é minha não é de ninguém! Não é meu não é de ninguém. Ciúmes! Soberba! Dizem que pode ser crime de ordem social. Esse tipo de crime não pode ser analisado a partir de diferenças de classes. É um comportamento humano que assusta. Deixa-nos em estado de letargia. O que fazer? Podemos fazer alguma coisa? Idiossincrasia? Torcemos para que as notícias sobre esses crimes passem logo. Queremos esquecer! Não pode ser humano. Queremos justiça. Justiça às vezes com a própria mão. Esse lado sombrio assusta.

Um atleta vitorioso manda matar a moça que queria apenas o reconhecimento do filho. Interesseira. Fez por merecer! Menina de programa. Nunca prestou. Muitas usam esses argumentos talvez até, inconscientemente, tornem-se aliados dos assassinos. Nesse caso, alguém teve piedade da criança e não a matou. Alguém caiu em si. Talvez precisássemos cair na realidade quando opinamos sobre assunto que não conhecemos.Democracia não é falar o que dána telha. Inveja! O que leva alguém a ser tão brutal? O momento é de perplexidade!


Sem qualquer juízo de valores.

UM VOLUME MUITO GRANDE DE MATERIAL ESCOLAR: PRA QUÊ?


Sabe, uma coisa que precisamos parar e pensar um pouquinho é sobre as datas comemorativas ou datas que anunciam o início ou o fim de alguma coisa (evento ou solenidade). Esses eventos podem provocar uma falsa ilusão de que tudo vai começar de novo. Ilusão! Ora, a vida não é fragmentada desse jeito,com o estalar de dedos, tudo é novinho (nem sempre). Maravilhoso! Não temos o poder de compartimentar nossa história de vida e dizer que tudo pode ser esquecido. Somos uma simbiose do passado, do presente e de sonhos de olho no futuro.

Natal, Ano-Novo, Dia das Mães e volta às aulas são eventos que estão associados ao consumo, exibicionismo, aparência e tantos outros adjetivos. Há muito tempo ausente de um sentimento religioso. Um sentimento de união. É cada um por si.

Como é difícil comemorar esses eventos como antigamente. Um abraço valia muito, mais do que um presente. Um livro de presente valia mais que um mundaréu de material escolar (muitas vezes nem serão usados). Uma conversa tête-à~tête valia muito mais que as redes sociais (nada contra as redes sociais). Tudo isso mostrei para dizer que estamos vivendo em um mundo de faz de conta. Em muitos casos atendemos e compramos o material escolar das listas escolar sem qualquer questionamento. Qual a qualidade de ensino que meus filhos estão tendo (seja escola pública ou particular)? Esta montanha de material exigido vai de fato contribuir para a formação do meu filho?

Talvez inconscientemente queiramos defender nossos filhos da crueldade de quem tem coisas (objetos). Defender de gente que sobressai pelo que tem não pelo que é. No Natal o melhor presente! (nem que demore um ano para pagar). Que espírito natalino o quê! Na volta às aulas uma mochila da moda com uma estampa com o bichinho do momento (mochilas caríssimas). Cadernos cafonas. Temos que preparar nossos filhos para competir. Evitar que eles sejam humilhados. Humilhados por não ter. Como sofremos só de imaginar que nosso pimpolho esteja passando constrangimento por não ter.

Tem lista de material que recebemos que é um abuso à inteligência de qualquer pai. Mesmo assim compramos. Recebi uma carta de uma mãe que foi fazer a rematrícula da filha e, ao receber a lista material,era pedido apenas o básico. Quase não acreditou. Ainda salientou a importância da escola na valorização da formação da sua filha. Tratou-a como gente. Coisa rara na pedagogia das escolas hoje, particular ou não. O melhor celular! O melhor caderno! A melhor roupa! A melhor mochila! E o conhecimento onde fica?


Nada contra a existência de lista de material. 

MEMÓRIA: PREFEITO EMÍLIO GUERRA

Encontrei esta foto no meu arquivo e tenho poucas informações sobre ela. Caso você leitor tenha informação pode incorporá-la a esta postagem. Ao centro da foto o Prefeito Emílio Guerra, à sua direita o Bispo da Região de Osasco e a primeira-dama Leila Guerra O prefeito Emílio Guerra foi nomeado interventor pela Ditadura Militar e pelo Estado Novo. Foi Prefeito a primeira vez de 1948 a 1950 e pela segunda vez de 1960 a 1963

Praça da Matriz deCotia. Igreja Nossa Senhora do Monte Serrat (inaugurada em 1713, nas terras Estevão Lopes de Camargo)




terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

RÁDIO ECO: A PRIMEIRA PIRATA DO BRASIL


Lógico que o slogande chamada da Rádio Eco não era esse do título do texto. Abríamos o programa orgulhosamente dizendo com voz firme e aveludada: Rádio Eco FM 91.7, a primeira Comunitária do Brasil (não me lembro muito bem se era Cotia ou Brasil). Talvez a cena mais trágica e que, depois do acontecido, se tornou engraçada foi quando a Polícia Federal fechou a emissora. Mantínhamos uma vigilância diária para evitar que fôssemos pegos de surpresa pela Polícia Federal. Infelizmente, fomos pegos de calças curtas.

No dia do fechamento das atividades radiofônicas da Eco, o transmissor tinha queimado. O irmão do Josué tinha ido buscar o transmissor para consertar no esconderijo que ficava no próprio prédio e um segundo de bobeira relaxamos a atenção com a segurança. Um piscar de olhos e a Federal nos pegou de calças curtas com o Rabibi (irmão do Josué) com o transmissor nos braços que íamos consertar. Lembro-me que o agente disse com um sorriso no rosto: - foi isso que viemos buscar. Puta que pariu!

A casa caiu.

Dias depois, o sinal da Eco estava no ar de novo,clandestinamente. Bastava ter vontade de fazer um programa e o espaço estava à disposição. Não precisava ter boa dicção e nem beleza para ser locutor. Bastava ter uma ideia de programa e colocar em prática. Até um gago chegou a fazer um programa. Gagueira essa nunca percebida. Essa atitude de respeitar e não querer um padrão de voz e beleza fez da Eco uma emissora popular no município e na região. A grade de programação tinha programas para todos os gostos. Era muito bom!

Ali na Eco aconteciam coisas inusitadas e malucas. Tínhamos uma ouvinte que, de madrugada, não desligava o Rádio e a justificativa era de que a programação não a deixava sozinha. Mesmo sem programação o chiado do rádio preenchia sua solidão. No final do ano, a emissora fazia do Natal solidário um sucesso. Campanhas educativas... Era uma porta aberta para a comunidade e seus anseios.

Fazíamos debates e discussões sobre temas diversificados. Debates com candidatos a prefeito e participação de ouvintes. Tocávamos de tudo, do brega ao rock. Tínhamos programa representando quase todas as religiões. A grade de programação era rica e diversa. Hoje, fico imaginando como aquilo funcionava tão bem. Era algo anárquico. O Cícero e o Josué eram anárquicos também. Eles que trouxeram a rádio para cá.

A cobertura das eleições de 1996 foi algo nunca visto na cidade. Até a grande mídia ligava para a Eco para obter informações de como andava a eleição no município. Quase todos os locutores foram para a rua acompanhar a eleição. Tinha a turma que fazia humor aqueles que faziam entrevista na rua, ao vivo. Debates no Estúdio sobre as necessidades da cidade e o que esperar dos candidatos. Muito bom!

Fazíamos política descaradamente para legalização das rádios comunitárias. As grandes empresas de comunicação jogavam pesado contra as comunitárias, criando notícias descabidas de que as piratas davam interferência em aviões, afirmação nunca provada. E outras mentiras.

Uma coisa bacana de tudo isso foi que a Eco deu voz para que gente simples pudesse falar e colocar seus projetos em prática.

BAIÃO DE DOIS DA GERMANA



Quem não gosta de Baião de Dois, bom sujeito não é! É doente da cabeça ou do pé (risos). A origem do Baião de Dois é cearense e nordestina. Esse prato típico se espalhou pelo Nordeste, pelo país e pelo mundo. Ganhou roupagem nova e até sofisticada, mas se caracteriza pela facilidade de elaborar e a simplicidade do prato. Os principais ingredientes são o arroz e o feijão. Os adereços dão um sabor maravilhoso à comida. Esses adereços são característicos de cada região. 


Ingredientes


O primeiro passo é colocar o feijão fradinho ou verde para cozinhar. Durante esse período do cozimento do feijão vão preparando outros ingredientes. Bacon e linguiçacalabresa em pedaços pequenos. Cortem pimentão verde, amarelo e vermelho, também em pedaços pequenos. Cebola e alho roxo. E um bom pedaço de queijocoalho,cortado em quadradinhos.Nem todo mundo gosta, mas pode acrescentar costelinha defumada. Não podemos nos esquecer de uma porção significativa de coentro. Caso não goste de coentro, use salsinha. Cozinha é um espaço de criatividade



Baião de Dois da Germana acompanhado de pernil de porco. Foto: Márcia IsabelLuz

Em uma panela frite o bacon e a linguiça e acrescente a cebola e o alho. Depois acrescente os pimentões. Quando esses ingredientes estiverem no ponto, acrescente o arroz. Misture o arroz na panela e deixe fritar. Acrescente água. Cuidado para o feijão não cozinhar demais. Não esqueça que cozinhar é um gesto de amor,atenção e carinho.

Quando o arroz estiver quase pronto, acrescente o feijão. Deixe o arroz bem molhadinho. Depois coloque o coentro e o queijo coalho. Vou contar dois segredos que é a marca do Baião da Germana (que faz a diferença). Normalmente o Baião é servido sequinho, também uma delicia. Um toque especial: o segredo é que ela deixa o Baião ficar molhadinho.Outro segredo, que dá um saber especial,são as ervas (hortelã, manjericão, tomilho, alecrim fresco e outros). Eu gosto de acrescentar um fio de azeite e uma boa pimenta.

Fica delicioso.

Pode ser servido com peixe, carne vermelha, carne de porco. Fica melhor ainda com um ovo frito. Já ia me esquecendo de um ingrediente: carne seca. Acho que você já sabe que a palavra Baião (baiano) vem de uma dança queé derivada do lundu. O Baião foi popularizado na voz de Luís Conzaga e Humberto Teixeira, autor da letra Rei do Baião. O Baião ganha nome diferente - na Paraíba é rubacão.

Prepare a mesa do seu jeito e vamos saborear esse Baião de Dois com muita alegria. 











quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

REDES SOCIAIS É COISA DO GABIROTO?


Redes sociais não é coisa do gabiroto e nem do demo, é coisa de gente de todo tipo (todo tipo mesmo! Você nem imagina...). Nunca imaginei que a invenção tecnológica criaria algo que aproximasse tanto as pessoas, apenas com um clique. Li sobre tecnologias avançadas em livros ficcionais e achava impossíveis essas invenções se tornarem reais. São reais.
A rede é formada de gente.

Os portugueses navegadores para chegaram até a África demoraram décadas. Lembram do sacrifício do maratonista grego que percorreu quilômetros para levar uma notícia? Hoje, faria isso com um clique, sem perder a vida. Diminuímos a distância e continuamos solitários. As redes sociais são tão verdadeiras como falsas (olha o fake). Temos dificuldade para checar e acreditar se uma informação é realmente verdadeira.

Acreditem ou não, as redes sociais têm pacto com o gabiroto e com os anjos do bem (risos).

Sempre aparece gente querendo dar às redes sociais uma cara que não é dela. A rede social não é educadora é entretenimento (diversão). Atribuem a ela ações ruins e esquecem que ela é apenas um instrumento tecnológico. Esquecemo-nos de que quem a faz funcionar é gente imbuída dos setes pecados capitais. Gente boa! Gente ruim! Gente... Aqui na rede podemos ser outro para dizer a outro o que não teríamos coragem de dizer cara a cara. Também podemos dizer coisas sobre os outros sem profundidade e sem responsabilidade. Antes a celebridade era glamour de alguns, hoje todo mundo pode ser o espetáculo da rede, sem apresentar quase nada. Uma bunda basta.

As redes sociais viciam e provocam a sensação de que não estamos sozinhos (falsa sensação). Antes dessa invenção,poder dizer a alguém que você a amava, usando o recurso da carta,demorava dias, meses, anos, dependendo do lugar do Planeta onde estivesse. Dizem o seu te amo utilizando as redes com a maior facilidade e superficialidade. Cria-se uma satisfação imediata e passageira. Como na vida real muitos a usam para alfinetar e ser contraditório. Falamos em paz e harmonia e logo em seguida estamos pedindo pena de morte e expressando opiniões preconceituosas. Às vezes opinamos sem ter noção de que uma palavra mal colocada pode destruir alguém.

Trouxemos para a rede comportamentos e ações ligadas ao gabiroto e aos anjos do bem (risos).

Na rede têm fofoqueiros e bisbilhoteiros. Muitos! Alguns ficam amigos para saber da sua vida. Aqueles que se dizem amigos para na hora certa descer a lenha. Amigos da onça! Em uma coisa concordamos: a rede é um mundo fascinante (estou tentando largar e não consigo) para expor nossas ideias e compartilhar ações de solidariedade. Essa coisa do bem e do mal na rede depende muito do tipo de gente que a está utilizando. A rede é apenas um veículo que nos distancia e nos aproxima, dependendo do que queremos.  



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

BETO KODIAK: UM COMUNICADOR DA CONTRACULTURA


Recebi com alegria o convite para escrever neste novo espaço de informação e contrainformação que nasce em Cotia, pelas mãos do jornalista e agente cultural Beto Kodiak. Esse mau humor que lhe é característico, acompanhado de certa ranzinzice, já foi pior em outros tempos (risos). Agora, Beto Kodiak, ao abrir esse espaço nesta Revista Eletrônica, com certeza possibilitará que possamos conhecer melhor nossa cidade. O Jornal CotiaAgora tem papel fundamental para agradar e desagradar, utilizando a ética do bom jornalismo. 

O Beto sempre esteve ligado à comunicação.

O Beto tem um amor por esta cidade que é antigo e tem tudo aver com sua família. É neto do senhor NhôNhô (Theodomiro de Castro Pedroso), personagem importante para a história do município de Cotia. Reza a lenda que o sr. Nhô Nhô foi mecânico, médico, curandeiro, casamenteiro, poeta e músico. Um senso de humor agudo e fora de série. Beto sofreu muita influência do avô. Quanto ao Beto Kodiak, nos conhecemos na adolescência e ele nunca foi mal-humorado e ranzinza. Sempre crítico ao que era comum. Sempre incomum quando se tratava de cultura.

Um prazer escrever neste espaço...

Essa coisa do Beto Kodiak com comunicação não é nova. No início da década de 80, com a onda dos fanzines, Beto Kodiak foi um dos pioneiros na cidade. E durante um bom tempomanteve essarevista, marginal à comunicação oficial, publicando sobre música. Talvez vocês não imaginem a dificuldade para confeccionar um fanzine. Montar, xerocar para encaminharaos amigos pelo correio. Ainda mais, com a grana curta. Muito curta (risos)! Com certeza o Jornal CotiaAgora vai imprimir um espaço bacana e aproveitar essaexperiência do Beto com o mundo underground. Estamos um pouco cansados da imprensa comportada.

Precisamos dar voz para quem precisa.

Em meados da década de noventa,caminhamos juntos paraa implantação da famosa Rádio Comunitária Eco. O Kodiak, com um programa provocador e atrevido, inovou novamente. Inovou tanto que um grupo de gente tradicional e defensor dosbonscostumesqueria tirá-lo do ar. Não conseguiu! O programa foi um sucesso durante a existência da Eco FM.

Agora estamos juntos novamente no Jornal Cotia Agora... Sucesso!

Espero contribuir para informar cada leitor e trazer temas que interessem e possam colaborar com um pouco de conhecimento.


Obrigado pelo convite!