Venha compartilhar um pouco do trabalho que realizo como historiador e professor da cidade de Cotia. Mergulhe no passado das pessoas que construiram este lugar, recorde fatos marcantes que deram identidade cultural a esta cidade.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

MUNDO CÃO


O que leva um empresário bem-sucedido a planejar a morte da mulher amante e dos filhos gêmeos que a mãe lhe cobra que assumisse a paternidade?Talvez a resposta imediata para crimes de tal crueldade é dizer que é falta de Deus. Será? Segundo informação dos vizinhos, o criminoso era um bom marido e bom pai. Uma pessoa tranquila. Uma justificativa comum também é dizer que é coisa do diabo. Será? São justificavas que não respondem à pergunta sobre o que leva uma pessoa a cometer um crime com requintes de crueldade.

Egoísmo! As câmaras flagram o assassino subindo no carro a mando do suposto pai. Ardilosamente diz ele que vai assumir a paternidade das crianças. Dá esperança para a mãe. Cria um cenário de felicidade e assassina todos brutalmente. O que leva alguém a planejar a morte para deixar seu caminho livre? Será a impunidade? O narcisismo é tão exacerbado que o assassino não percebe que não existe crime perfeito?Não percebe que não está sozinho na cena do crime?Cada álibi criado cairá diante das evidências dos fatos. Mesmo assim, crimes dessa intensidade e grau de violência são manchetes de jornais quase todos os dias.

Filhos assassinando pais - diante de um possível não! Crime passional - não é minha não é de ninguém! Não é meu não é de ninguém. Ciúmes! Soberba! Dizem que pode ser crime de ordem social. Esse tipo de crime não pode ser analisado a partir de diferenças de classes. É um comportamento humano que assusta. Deixa-nos em estado de letargia. O que fazer? Podemos fazer alguma coisa? Idiossincrasia? Torcemos para que as notícias sobre esses crimes passem logo. Queremos esquecer! Não pode ser humano. Queremos justiça. Justiça às vezes com a própria mão. Esse lado sombrio assusta.

Um atleta vitorioso manda matar a moça que queria apenas o reconhecimento do filho. Interesseira. Fez por merecer! Menina de programa. Nunca prestou. Muitas usam esses argumentos talvez até, inconscientemente, tornem-se aliados dos assassinos. Nesse caso, alguém teve piedade da criança e não a matou. Alguém caiu em si. Talvez precisássemos cair na realidade quando opinamos sobre assunto que não conhecemos.Democracia não é falar o que dána telha. Inveja! O que leva alguém a ser tão brutal? O momento é de perplexidade!


Sem qualquer juízo de valores.

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