Conversando
com amigos e amigas sobre o comportamento dos filhos, há tempos que alguns pais
têm demonstrado preocupação com a agressividade que os filhos têm apresentado.
Normalmente os pais são tomados de um grande susto quando começam a receber
reclamações da escola e, em alguns casos, até expulsão por algo que seu filho
tenha feito que fuja às regras do convívio social. Talvez erramos em criar um
muro de lamentações: faço tudo para ele ou para ela. Quando criança não tinha
nada do que proporciono para eles. A minha vida não foi tão fácil. Preencheríamos
várias folhas com diversas lamentações.
Lamentar
não adianta muito.
Será
que não falta perguntar a si mesmo onde erramos e acertamos na educação dos
filhos? Seria um bom começo para aliviar a culpa e a angústia.
Sofremos
pelos filhos.
Você
pode pensar que estamos falando de adolescentes: uma idade onde impera a
rebeldia (nem sempre!). Não! Estamos falando de crianças com seis, sete e oito
anos em diante. Em alguns casos, antes dos seis anos tornam-se
agressivas.Crianças dóceis que se transformam diante dos olhos dos pais. Muitos
pais revelam que não conhecem mais seus filhos. O rosto desses pais, quando
relatam suas histórias com seus filhos, expressa preocupação e angústia.
Desespero! O que fazer? Como seria bom existir uma receita de como educador os
filhos. É bom salientar que nem as receitas às vezes são certas. Às vezes, o
bolo sola. Ora, às vezes o tempero também desanda.
Nem
um filho é igual ao outro (nem os dedos das mãos são iguais).
Alguns
pais se desesperam quando esse comportamento de agressividade e de rebeldia
aparece na escola. Em muitos casos as reclamações se acumulam até ocorrer a expulsão.
A escola que expulsa merece um ponto de interrogação em relação à sua
eficiência. Talvez um caminho possível também seja observar como andam as coisas
dentro da família. Como estão? Alguns pais têm optado pelo tratamento
psiquiátrico acompanhado de medicamento. Quanto à escola, alguns insistem em
tratar os alunos como se fossem todos iguais. E aqueles que diferem das normas
pedagógicas determinadas são expulsos. São estigmatizados.
Burros,
esquecidos em um canto pela escola e pelos amigos. Agressivo, futuro delinquente.
E assim vai...
Posso
estar errado, mas não vejo esse comportamento diferente de alguns filhos como
questão social. Essa dificuldade de lidar com os filhos acontece em todas as
classes sociais e os pais são pegos de surpresa. São pegos no contrapé. Pobres
ou ricos. O que fazer? Talvez uma ação eficiente seja dialogar com todos
envolvidos nesse relacionamento. Ninguém pode ficar de fora desse contexto.
Ninguém pode apontar o dedo e achar que está livre de crítica. Tem que ser uma
avaliação honesta.
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